19 de dezembro de 2010

ORAÇÃO DO JOÃOZINHO ANTES DE DORMIR

“Querido Papai do Céu, eu queria em primeiro lugar dizer que às vezes eu não tenho rezado, mas é que eu tenho andado muito ocupado. Eu não sei dizer o que isso significa mas o meu papai sempre fala isso prá mamãe quando ela está  brava com ele.
Eu queria pedir pro Senhor abençoar todos aqui em casa, principalmente o meu papai, olha ele não está tendo um final de ano muito bom sabe...  Primeiro porque o time dele não ganhou nada este ano, eu me lembro quando ele me disse que o time dele tinha um grande sonho esse ano, mas eu acho que o Ronaldo comeu o sonho sozinho.
Eu sei que eu também tenho um pouco de culpa por ele estar assim, ele até confunde o meu nome com o seu filho e às vezes ele grita: - Jesus Cristo senta direito nessa cadeira! - Jesus Cristo, vai tomar banho... Eu não ligo, até acho legal, mas o meu irmão saiu perdendo, o meu pai chama ele de droga. Outro dia ele falou assim pro meu irmão: - Droga me deixa ver o jogo do timão sossegado!
Mas outro dia ele se confundiu, eu estava brincando no quintal quando começou a chover, ele apareceu e gritou:
- Droga saia dessa chuva.
Aí eu falei: Mas pai, eu sou o Jesus Cristo...
Teve outro dia que eu não queria comer e ele falou assim:
- Meu filho pare de brincar com a comida... Você sabia que o Lula quando tinha a sua idade quase não tinha nada prá comer.
E eu falei: - E na sua idade ele já tinha sido eleito presidente do Brasil por duas vezes.
Acho que foi aí que eu vi meu pai chorando pela primeira vez.
Eu também queria pedir outra coisa. Será que eu posso ficar sem rezar até depois do natal?
É que eu quero ficar escondido esperando o Papai Noel chegar. Eu vou perguntar pra ele porque eu só ganho de natal os brinquedos usados do meu irmão.
Brigado.
Amém.

6 de novembro de 2010

O espelho

Esse texto me chegou pelas mãos de uma amiga.


Um sujeito vinha descendo a rua quando encontrou um espelho de carteira.
E aí ele olhou e disse:
- Olha... esse cara eu conheço...!
E ele coloca o espelho no bolso da calça.
De volta a casa, olha de novo no espelho e de novo diz:
- Poxa! De onde é que eu conheço esse cara...?
Quando entrou em sua casa, colocou o espelho novamente no bolso e se sentou à mesa.
Enquanto sua esposa servia a comida, ele tornou a olhar no espelho.
- Oh meu Deus! Eu sei de onde que eu conheço esse cara... Acho que é aquele que corta o cabelo na minha frente.
Curiosa, a esposa pergunta:
- Ei Manolo... o que você tem na mão...?
- Nada Josefa... não é nada de importante. - E coloca o espelho no bolso da calça de novo.
Depois do jantar ele coloca as calças em cima de uma cadeira e vai dormir. Josefa intrigada aproxima-se da cadeira, retira o espelho do bolso, olha e diz:
- Eu sabia! É uma foto de uma mulher ..!
- E que cara de biscate que ela tem...!
 

19 de outubro de 2010

ESPERE ATÉ MARTIN CHEGAR

Parece curioso, mas havia uma casa mal-assombrada no fim de uma rua em uma cidadezinha do interior.
A dita casa não era habitada por ninguém, é claro. As pessoas não se animavam a passar nem uma noite ali, quanto mais morar. Certa vez dois "corajosos" tentaram permanecer na casa; entraram rindo, brincando, mas saíram como dois furacões, só parando quando já estavam longe.
Uma noite, chovia a cântaros sobre a cidade. O homem vinha pela rua com a água a escorrer do chapéu, sem guarda-chuva nem nada. O frio estava terrível, a escuridão não deixava ver um palmo adiante do nariz. Quando viu a casa abandonada no fim da rua, parou.
— Dizem que é mal-assombrada — falou ele com seus botões. — Ora, isso não existe! Vou entrar um pouco e esperar que o aguaceiro passe.
Empurrou a porta lentamente e entrou. Acendendo um fósforo, espiou à sua volta. Ao ver um prego, pendurou ali seu casaco molhado, resolvendo também acender a boa lareira que havia.
Puxou então uma confortável poltrona para junto do fogo, tirou um livro do bolso e, muito bem instalado, começou a ler.
Lá fora, a tempestade continuava. Cada trovão de assustar até surdo. As janelas estremeciam com o vento. Mas o homem, entretanto, permanecia bem quentinho, sentado perto da lareira, deliciando-se com o livro.
De repente, algo chamou a sua atenção. Levantou a cabeça e viu um pequeno gato cinzento, bem diante do fogo. "Estranho! Não sei como não vi esse gato chegar", pensou ele. E voltou a ler, ajeitando-se melhor na poltrona.
Poucos momentos depois, a porta rangeu de leve. O homem olhou e viu um grande gato preto, entrando de mansinho.
O gatinho se aproximou do gato recém-chegado e lhe perguntou:
— O que vamos fazer com ele?
— Espere até Martin chegar — foi a resposta.
O homem, espantadíssimo, olhava para os dois bichanos com o canto do olho. E pensava: “Acho que esse ‘ele’ sou eu. O que será que estão tramando?"
Logo em seguida, a porta se abriu de novo e um gato malhado do tamanho de um cachorro entrou na sala.
— O que vamos fazer com ele? — perguntou, dirigindo-se aos outros dois gatos, com os olhos brilhantes.
— Espere até Martin chegar — responderam os dois. O homem já estava totalmente apavorado. Contudo, achou melhor fingir que nada estava percebendo. Suas mãos pareciam gelatina, de tanto que tremiam.
Passou-se um minuto. A porta moveu-se novamente. “Outro.”, pensou o homem. E pensou certo: um majestoso gato castanho, grande como um cabrito, avançou sala adentro.
— Nossa senhora! — exclamou o homem baixinho. — Se ainda por cima estão aumentando de tamanho, o próximo será um verdadeiro elefante.
O grande gato castanho chegou até seus companheiros e perguntou, olhando fixo para o homem:
— Vamos fazer o negócio agora?
— Espere até Martin chegar — responderam os outros. Ouvindo isso, o homem não resistiu. Deu um pulo da cadeira e saltou pela janela, desandando a correr rua abaixo.
— Quando Martin chegar diga a ele que não pude esperar! — gritou ele, e desapareceu como um foguete.
 

25 de setembro de 2010

Não diga toda verdade às mulheres!

Depois de uma longa doença, uma mulher morre e chega aos portões do céu. Enquanto espera por São Pedro, ela vê através das grades seus pais, amigos e todos os que tinham ido antes dela, sentados à mesa apreciando uma refeição maravilhosa.
Quando São Pedro chegou, ela disse:

- Que lugar tão bonito! Como eu posso fazer para entrar?
- Eu vou dizer uma palavra. “Se você soletrá-la corretamente na primeira vez, você pode entrar, se você errar, você irá diretamente para o inferno”, disse São Pedro.

- Tudo bem, qual é a palavra?

- AMOR - Disse São Pedro. Ela soletrou direito e foi para o céu.
Um ano depois, São Pedro pediu para vigiar as portas.
E naquele dia, para sua surpresa, apareceu o seu marido.
- Ei, que surpresa! - Ela disse: "Como você está?
- Ah, como eu tenho ido muito bem desde que você faleceu. Eu me casei com a bela enfermeira que cuidou de você, ganhei na loteria e me tornei um milionário. Então vendi a casa em que nós morávamos e comprei aquela bela mansão no bairro chique que você gostava. Viajei com minha nova esposa pela Europa, Ásia e Oceania. Estávamos de férias nos Alpes justamente quando decidi esquiar. Eu caí... O esqui bateu na minha cabeça e aqui estou.
Diga-me, como faço para entrar, querida?

- Eu vou dizer uma palavra. Se você soletrá-la corretamente na primeira vez, você entra, caso contrário, vá direto para o inferno - Ela disse.

- OK, qual é a palavra?

- SCHWARTZENEGGER

MORAL:
“NEM MORTO SE PODE DIZER TODA A VERDADE PARA UMA MULHER, PORQUE VOCÊ CORRE O RISCO DE VIVER EM UM INFERNO O RESTO DA SUA EXISTÊNCIA.”
 

11 de setembro de 2010

Existem momentos na vida...

... que você deve encarar a morte de frente estufar o peito e dizer...


Agora fudeu!!!
 

25 de agosto de 2010

Uma feliz visita de AMIGOS


Daqui prá lá: Evelise, Eu, Moacyr Jr e minha mãe D. Carmen.

16 de agosto de 2010

O outro lado do espelho - final

– Não é você? Esse homem não é você, Augusto? – Carolina pergunta aflita.
– Não, eu sou uma pessoa comum que um dia sonhou demais e levou seu sonho até as últimas consequências, foi assim que vim parar nesse mundo.
– E o que aconteceu com o outro Augusto?
– Troquei de lugar com ele. Agora sou o que você está vendo.
– Mas você ainda pode voltar, não pode?
– Não me interessa mais voltar. Mas seu tempo ainda não acabou. Não deixe que sua vida seja igual a minha. – Lhe entrega o livro.
Carolina apanha o livro de suas mãos. – Você está me pedindo para voltar Augusto?
– Sim, você deve viver sua verdadeira vida. Ser você mesma, acreditar em sua força. Deve haver alguém esperando por você.
Carolina olha para Valerie e Rodrigo que saem. – Na verdade eu acho que não existe mais ninguém para mim lá fora.
Augusto faz um sinal para as duas mulheres saírem e elas obedecem.
Depois olha para Carolina e diz: – Pelo pouco de humano que ainda resta em mim eu lhe peço que volte. Não faça como eu que optei pela saída mais fácil.
– Não sei se quero voltar Augusto...
– Você não merece viver nesse mundo. Você realmente merece ser feliz.
– Mas não consigo voltar para lá.
– É que você não está querendo deixar para trás o que está lhe prendendo aqui.
– E o que é? O que está me prendendo aqui?
– Seu passado. Ele está impedindo sua partida.
– E como posso ir embora, isto é, se eu decidir ir.
– Já não posso lhe dizer mais nada A não ser adeus e boa sorte. – Augusto sai.
Carolina fica sozinha. – Agora vejo que a vida que estava vivendo não era a minha. Os sentimentos eram emprestados, os gestos eram falsos, tudo era uma cópia, Valerie estava certa, eu tenho medo de minha vida, por isso eu a ignorava. Aquela figura no espelho era realmente a Carolina, era a pessoa que eu jurava conhecer, mas agora sinto que não sei quem é! E agora é preciso aceitar a realidade e refazer minha vida do inicio, para que a verdadeira Carolina possa nascer e transformar o sonho em realidade, ser feliz, finalmente. O Augusto... que pena... terei de esquecê-lo, terei de deixá-lo enterrado com todo o meu passado de ilusões. Eu sei que não haverá lugar para nós no outro lado. Não haverá mais lembranças, nada... Minha vida recomeçará e assim terei outra chance de ser feliz. Lá fora está uma vida que não conheço e que terei de vivê-la dia a dia, e já é chagada a hora, a decisão, o momento de deixar a outra Carolina para trás e de fazer a passagem para o desconhecido, para o mundo que ainda precisa ser descoberto e realmente ser eu mesma.
Carolina vai até o espelho e começa a atravessá-lo, mas, pára como que segura por uma força que tenta puxá-la de volta. Ela larga o livro que tem nas mãos e vai embora.

FIM
 

11 de agosto de 2010

O outro lado do espelho - 8

Valerie morreu! – Diz uma das mulheres olhando nos olhos de Carolina.
– É verdade, eu vi.
Carolina, ainda indecisa fala: – Mas como, se, eles estão ali? Eu posso tocá–los.
Eu estou vendo–os.
– Não pode ser.
– Não são eles.
– Você deve estar vendo coisas que não existem.
Carolina pensativa: – Será? Meu Deus... E se tudo não passar de um sonho.
Logo agora que cheguei tão perto de me encontrar com Augusto? Por quê?
– Tudo não passa de ilusão, você criou esse mundo em você.
– Você acreditou que pudesse ser verdade esse mundo, acreditou que pudesse ser diferente.
– Mas tudo não passa de ilusão.
Carolina percebe a intenção das mulheres: – É verdade, agora estou entendendo nada disso acontece realmente. Ou então...
– Então quê?
– Deixe disso, não dê confiança, senão ela não nos deixará em paz.
– Por que você está dizendo isso?
– Por nada não.
– É continue; então o quê?
– Vocês estão achando que sou maluca, não é?
– Foi você quem disse.
– Eu não acho nada.
– Estão achando sim, mas tudo o que disse é a mais pura verdade, não sei onde estou, vou me casar com Augusto.
– Nós não gostamos de você. Vá embora.
– É isso mesmo, você não é daqui, vá embora!
Valerie vem até onde está Carolina e lhe diz: – Maluca!
Nesse momento as outras duas mulheres ficam com o rosto de Valerie e andam em volta dela dizendo:
– Eu não disse que seria quem quisesse?
– Posso ser mais de uma também.
– Assim posso te atormentar.
– Maluca!
– Esse mundo é meu...
– Vá embora!
– Você já perdeu tudo o que tinha.
– Maluca.
Carolina atormentada, grita. – Parem!...
As três voltam às suas feições. Augusto entra.
– Você veio.
Augusto fala galanteador: – Como poderia deixar de lhe ver.
– Olha hoje está fraco.
– Chega de desculpas, já estou cansado de tanta reclamação. É sempre a mesma história,
– É verdade.
Augusto vendo Carolina pergunta para as duas: – Quem é?
– Ninguém importante, uma louca que apareceu...
Uma das mulheres fala cheia de ciúme: – E ela diz que te conhece.
– Eu nunca a vi por aqui.
Rindo debochada a outra mulher fala: – Mas ela disse que é sua noiva.
– Ora vejam, minha noiva. – Vai até Carolina e pergunta sedutor: – Como é seu nome?
– O meu?
– E de quem mais?
– O meu nome é Carolina.
– Não conheço nenhuma Carolina.
– Não fomos apresentados ainda, mas já o conheço há muito tempo.
– De onde?
Carolina lhe entrega um livro e diz: – Daqui.
Augusto pega o livro e lê algumas linhas aleatoriamente: – Não pode ser. Essa pessoa já não existe mais. Volte de onde você veio. Aqui pode ser perigoso.
– Eu não quero ir embora, quero ficar com você. Quero me casar com você.
– Casar? Mas que idéia. O que faz você pensar que quero me casar com você?
– Achei que você fosse bom.
– Já fui, mas faz muito tempo. Você não imagina o que é ficar preso aqui.
– Você pode voltar a ser o que era antes, ainda há tempo.
– Meu tempo já passou, minha decisão foi tomada, o homem que você conheceu deste livro já não se encontra mais por aqui.

Continua...

5 de agosto de 2010

O outro lado do espelho - 7

Carolina fica sozinha no quarto.
- Isso não pode estar acontecendo realmente. É isso! É apenas mais um dos meus pesadelos. Logo eu irei acordar e poderei enfim me casar, e assim, realizar o meu sonho; ser feliz. Sim, porque isso ninguém tirará de mim, ninguém irá me impedir de ser feliz. Ninguém! Nem mesmo Valerie, nem ela. E eu, eu serei a mulher mais feliz do mundo. Você está me ouvindo Valerie!? Eu serei muito mais feliz que você. Serei feliz ao lado de...
De quem meu Deus? Quem estará ao meu lado? Augusto ou Rodrigo? Se eu pudesse ao menos escolher entre os dois, na certa escolheria Augusto. Mas Rodrigo, Rodrigo tem sido tão bom para mim, tão paciente, realizando meus desejos, minhas manias.
Rodrigo é bom, Valerie deve estar controlando ele... É isso, ela é bem capaz disso mesmo, Valerie faria qualquer coisa para me destruir. Mas, não vou mais me preocupar com isso. Logo me casarei, e tudo será diferente. Preciso me arrumar para o casamento.
...Quando eu entrar na igreja eu quero que toquem a marcha nupcial e depois a Ave Maria. E eu lá desfilando, flutuando runo ao altar onde todos os meus sonhos se realizarão quando eu disser sim. Então, meu marido me beijará e nós sairemos juntos para nossa vida.
Carolina ouve a marcha nupcial, Rodrigo entra novamente no quarto, Carolina vai até ele mas pára, Rodrigo dá o braço para Valerie que entra vestida de noiva.
- Não, não pode ser, ela não faria isso comigo! Ela não seria tão má a esse ponto, a ponto de me tirar o noivo. Valerie e Rodrigo passam por Carolina.
Valerie diz: - Eu não disse que Rodrigo se casaria comigo?
Saem os dois. Carolina segue-os, mas encontra-se com duas mulheres que vêem entrando.
Carolina pergunta para elas: - Vocês viram meu noivo por aí?
- Que noivo? Não vi ninguém.
- Eu também não.
- Um homem, vestido como noivo. Eu vou me casar com ele.
- Você vai casar? Não parece.
- Eu já estou vestida para o casamento, só que o meu noivo que ainda não veio...
- E virá? Você tem certeza disso?
- É claro, Augusto não faria isso comigo.
- Augusto?
- O nome dele é Augusto
- Eu conheci o Augusto, nós já fomos amantes Ele me deu esse anel.
Ela mostra o anel para as duas.
- Augusto, nome bonito, mas ele já não é o mesmo depois que...
- Depois de quê?
- Nada... Só que ele não merecia isso.
- Concordo com você.
- O que está acontecendo? Porque vocês não querem me dizer?
- Há certos assuntos que não devem ser comentados.
- Mas Augusto é meu noivo, eu preciso saber o que houve.
- Seu noivo, mas como, eu nunca a vi por aqui?
- É que eu não sou daqui. Logo irei embora.
- Se quer um conselho, deixe Augusto e vá embora agora mesmo.
- Ele está irreconhecível.
- Uma tragédia. (As duas se sentam.)
Carolina fica meio desnorteada. - Esperem, o que aconteceu? Me digam! Por favor...
- Escute, quem é você? O que você está fazendo aqui?
Eu... Eu não sei. Juro, eu já não sei de mais nada. Eu estava em meu quarto e devo ter adormecido. Quando acordei, já estava aqui.
- Ela deve ser maluca
Que nada, ela é uma fingida. Hei, você!
- Eu?
- É, você. Quem você está procurando?
- Meu noivo... Você viu?
- Quem você pensa que eu sou? Você não está esperando noivo coisa nenhuma, você quer tomar nosso lugar.
- É isso mesmo, vá embora daqui.
- Não! Eu estou falando a verdade! Estou somente esperando meu noivo.
- Sabe o que acontece com pessoas como você?
- Não.
- Elas se machucam muito. Sabia? É uma coisa de dar dó.
- Então? Suma daqui, nós chegamos aqui primeiro.
- Eu não quero o lugar de ninguém, só quero esperar o meu noivo.
- Pois vá esperar em outro lugar.
- Espere um pouco você disse que seu noivo é Augusto?
- É isso mesmo.
- Impossível, tem certeza?
- Por quê?
- Bem, é que Augusto mudou muito depois que a Valerie...
Uma das mulheres interrompe: - Não conte!
Carolina implora: - Por favor, continue...
- Valerie o abandonou.
- É, ele realmente gostava dela.
- Eu sabia que ela não prestava. Mas o que aconteceu com Augusto?
- Uma desgraça...
- Valerie o deixou por outro.
- E ele os seguiu e matou os dois.
- Matou? Pergunta Carolina assustada.
- Os dois...
- Valerie e Rodrigo.
- Você conhecia o homem?
Carolina fala vacilante: - Mais ou menos, acho que não.
- Foi uma cena horrível.
- Deus tenha piedade deles... Eles não mereciam.
- Foi o que pediram. Exclama uma das mulheres.
Entram novamente Valerie e Rodrigo e se sentam em outra parte do quarto.
Carolina pergunta para as mulheres: - Mas espere, não é a Valerie que está ali?
-Onde?
- Ali!
- Não parece.
Carolina continua: - Eu tenho certeza. É ela, e também é Rodrigo que está com ela.
- Você está vendo coisas.
- Você é louca.
Carolina se desespera: - Eu já disse que não sou louca!

Continua...

4 de agosto de 2010

As duas caminhonetes.

Me mandaram e eu repasso.

Certo dia, um pai deu ao filho dinheiro para pagar as contas de LUZ e de ÁGUA.
Era o último dia para pagamento, antes do corte.
Também era o último dinheiro do mês.
O filho na rua viu uma propaganda de um jogo:
COMPRE UM BILHETE E CONCORRA A 2 PICK UPs ZERINHAS!!!..
O garoto pensou:
- Eu poderia ganhar esses 2 carros! E deixar meu pai com um carro e dinheiro sobrando.
Então com o dinheiro das contas comprou vários bilhetes.
No outro dia logo cedo, o pai preocupado com as contas ao acordar, pergunta ao filho pelas contas.
Então o filho lhe respondeu que havia comprado os bilhetes e que daqui dois dias o pai iria ganhar duas caminhonetes.
O pai ficou uma fera!
- Ficou doidão? Esbravejou dizendo que aquele era o último dinheiro que tinha para pagar as contas e como se não bastasse a bronca, ainda deixou seu filho de castigo.
Passados dois dias, chegou o dia do sorteio e então ao meio-dia a família teve uma surpresa:
Estavam estacionadas em frente à casa:
DUAS CAMINHONETES NOVINHAS!!!! RELUZENTES!!!
Todos ficaram emocionados e começaram a chorar!!!

Uma era da empresa de força e luz e a outra da empresa de água.

Cortaram a luz e a água...

Vai acreditando que pobre tem sorte, vai...!

25 de julho de 2010

O outro lado do espelho - 6

Carolina enxuga as lágrimas com as mãos e fala para si mesma: - Então foi assim que vim parar nesse mundo, E agora já não posso mais voltar, mas, ainda posso me casar com Augusto, É claro que posso. A única coisa que está me impedindo é Valerie. Ela é fria, sem coração, e Augusto não a conhece direito, não assim como eu. Aposto que se conhecesse não se casaria com ela. E assim ele ficaria livre para se casar comigo, Ou então... se Valerie desaparecesse, quem sabe? As pessoas às vezes desaparecem, ficam esquecidas em um canto qualquer da memória. Augusto será meu, só meu!
Canta feliz: - "Vinham pela estrada um casal de braço dado, Caminhando sorridentes pela vida afora. Passaram por uma moça esperando namorado, Ela estava triste, mas tristeza aqui não mora... "
Valerie aparece de repente - Vejo que você está feliz.
Carolina fala distraída - É, sabe, eu descobri uma coisa...
- O que é?
Carolina rindo diz: - É que você não existe.
- Até que enfim! Pensei que você não fosse descobrir nunca. Agora, você já pode ir embora...
- Eu vou esperar, preciso falar com Augusto.
- Eu já lhe disse que você não pertence a este mundo e precisa ir embora.
- Mas e se eu não quiser ir?
- Se você não voltar por vontade própria, ela; aponta para uma figura que estava todo o tempo no quarto, irá te levar. Posso garantir que não será muito agradável...
- Pois saiba que já não me importo. Ninguém me impedirá de ser feliz.
- Você não entende que só há um modo de você ser feliz... É esquecendo Augusto!
Carolina grita: - Não! Você está mentindo pra mim. Você é falsa! Está querendo se ver livre de mim, somente para ficar com Augusto.
- Você pensa que poderá ficar para sempre nessa indecisão. Ou você resolve voltar para o seu lugar, ou então, siga o destino que escolheu.
- Meu lugar é junto de Augusto. Esse é o destino que escolhi, e ninguém poderá ficar entre nós.
- Mas como você é teimosa... (Apanhando o livro) Você não leu isso até o final. Lá está escrito... "Valerie entra na igreja, Augusto a espera no altar. Ela entra deixando para trás tudo o que a impedia de ser feliz ao lado de seu amado." Você não leu? No fim Augusto fica comigo e não com você.
- Eu sei, você não precisa me dizer isso, mas eu não posso desistir, ninguém pode me impedir de tentar. Se eu desistir agora pode significar que eu tenha morrido, e mais nada terá valor algum para mim.
- É exatamente o contrário. Se desistir você viverá, e poderá ir embora daqui.
- Mentira. Você é igual ao Rodrigo, só pensa em si mesma. (Avança para Valerie.)
- Vamos, continue, o que aconteceu? Perdeu a coragem de repente?
- Eu não consigo...
- Viu só, tudo que lhe disse é verdade, você não é daqui. tem que ir embora.
- Não posso!
- Não pode? Não pode mesmo, ou não tem coragem?
- Não posso.
- Você tem medo da sua vida, e agora quer viver a minha, porque sabe que no final tudo dará certo. Você é covarde.
- Não! Não sou covarde, e nem tenho medo da minha vida. Mas eu tinha um noivo, tinha, porque você o roubou de mim!
- Agora chega, eu cansei de ser tão boazinha assim com você.
- Você nunca foi. A única coisa que você quer é que eu vá embora. Aposto que se você pudesse até me mataria.
- Eu não preciso fazer isso, você já está fazendo, você está se destruindo e tudo por quê? Por causa de um sonho absurdo!
- Não diga isso! Esse é o meu sonho. Não é uma coisa à toa, eu coloquei parte de mim na realização dele, você entende?... Parte de minha alma. (Mudando de tom ) Mas... como eu sou burra! Você não pode entender uma coisa dessa... Você não existe, e como pode ter alma se não existe?
- Você é uma louca!
Carolina grita enfurecida: - Eu não sou louca, não sou! Vocês não irão conseguir me deixar louca! - Desvairada...
- Não, não! Augusto, onde você está?
- Ele não pode lhe ouvir, sabe por quê? Porque assim como eu, ele também não existe.
Carolina fala quase sem voz: - Mentira... mentira sua!
- Nós somos apenas fantasias dessa sua cabeça perturbada. Mas ela, (Aponta para a sombra.) ela não é uma fantasia, ela é real.
- Mentira...
- Você não quer ver o rosto dela? Então pode ver. Valerie vai até a sombra e a traz para perto de
Carolina que, quase sem força para se mover, tenta retirar o véu de seu rosto.
Carolina fica aterrorizada com o que vê.
- Mas ela não tem rosto!
Passado o susto ela tenta retomar o controle da situação: - Não sei onde você quer chegar?
- É simples, essa sombra que te vigia. É ao mesmo tempo passado e futuro, ela já estava aqui quando você chegou e continuará aqui quando você se for.
- Ela não tem rosto, mas, no entanto, sinto como se ela olhasse dentro da alma.
- Todos nós temos os nossos fantasmas, só o que precisamos é aprender a conviver com eles.
- Onde está Augusto?
- Morreu!
- Como?
- Morreu, mas já encontrei outro noivo Você quer ver?
Rodrigo entra no quarto e abraça Valerie.
- Seu noivo é o Rodrigo? Você não pode fazer isso!
- Eu não disse que não seria mais boazinha com você?
- Você não pode casar com Rodrigo.
- Não foi você mesma que disse que eu o havia roubado de você? Além do mais, este não é Rodrigo.
- Como não é? É o mesmo rosto, as mesmas roupas, tudo nele é de Rodrigo!
- Quero dizer que este não é o Rodrigo, isto é, não o que você conhecia.
- Chega! Eu já estou cheia de tanta mentira. Eu não sou louca, Augusto não está morto e este é Rodrigo, meu noivo.
- Você se esqueceu que está no meu mundo? Aqui as coisas acontecem como eu quero.
- Isso não lhe dá o direito de roubar o noivo dos outros.
- Eu roubei? Não é você que vivia sonhando com o dia em que se casaria com Augusto? Quantas vezes você já não se imaginou em meu lugar? Agora chegou a minha vez de ficar em seu lugar.
- Em meu lugar? Como?
- Você não deseja tanto a minha vida? Agora então pode ficar com ela, nós trocaremos de vidas. Eu fico com a sua e você com a minha.
- Eu não quero a sua vida, você é muito má, e sua vida não me interessa.
- Como não, você não queria um casamento igual ao meu? Um vestido igual ao meu? Um noivo igual ao meu?
- Eu não queria um noivo igual ao seu, eu queria o seu. Eu quero me casar com Augusto.
- Pois então, agora eu vou me casar com Rodrigo.
- Mas Rodrigo gosta de mim e não de você.
- Quem sabe?... Ele poderia ter mudado de idéia.
- Impossível! Ele não faria isso!
- Aqui nada é impossível. Vamos embora daqui, meu amor...
Rodrigo e Valerie vão saindo, Carolina tenta impedir.
- Você não pode controlar as pessoas assim.
Valerie olha para ela. - Eu não estou controlando ninguém, Rodrigo está fazendo isso por vontade própria.
- Isso é verdade Rodrigo?
Rodrigo lhe responde friamente: - É.
- Mas você vai me deixar aqui?
- Não sei quem você é, nunca lhe vi antes.
- Nós íamos nos casar, lembra?
- Não, eu vou me casar com ela. - Aponta para Valerie.
- Não é verdade, você era meu noivo. Ela está iludindo você Rodrigo.
- Você deve estar enganada, ninguém está me iludindo, eu vou casar com a mulher que amo.
Valerie olha para Carolina e diz: - Não adianta, ele nunca se lembrará de que um dia foi seu noivo. Você se esqueceu que nós duas mudamos de vida? Agora você já não existe mais Carolina.
- Eu sei o que você quer, você quer me deixar maluca, mas não irá conseguir.
-Talvez sim, ou talvez não, quem sabe... Mas se não acredita em mim veja você mesma.
Entrega o livro à Carolina e sai com Rodrigo.

Continua...
 

21 de julho de 2010

Aventuras de um insólito viajante monoglota

De todos meus sonhos um era o maior e eu jurei não morrer sem antes realizá-lo mesmo se fosse preciso morrer para isso, o sonho de visitar a terra dos meus antepassados a Europa.
Não a Europa inteira, mas os países latinos, quer dizer menos a França, ouvi dizer que os franceses são arrogantes, e também tem as três copas que eles tiraram de nós... Deixa prá lá.
Inesperadamente apareceu a chance de realizar meu sonho dourado. Me enchi de esperanças e me preparei para mais esta viagem.
Devo confessar que nunca aprendi direito os idiomas de meus parentes (bisavós, a maioria deles) um dos motivos é que eles morreram quando eu ainda era jovem e tem outro eles já não falavam quase os idiomas natais.
Mas prá quem fala o português falar outra língua neo-latina é fácil, aqui no Brasil a gente fala um idioma que é Tupiafroluso-brasileiro, e depois ainda temos a bagagem linguística que vem da televisão, com as novelas e locutores de futebol, eu pensei comigo: - Vai ser fácil.
Embarco no vôo direto São Paulo – Milão, no começo vi que não daria certo minha tática de usar nem meu inglês “macarrônico” muito menos todas as expressões que o Benedito Rui Barbosa pôs em suas novelas. Não tive outra alternativa senão usar a linguagem universal a mímica.
Peguei um táxi no aeroporto que me levou até o rio Pó, nota: é na Itália que fica o pó mais úmido do mundo (brincadeirinha). Desci do táxi e o motorista aproveitou e se mandou, devia estar cansado de tentar decifrar meus gestos. Na margem eu encontrei um pintor com um cavalete e um banquinho (coisa normal na Europa).
Me aproximei da criatura e dei um sorriso amigável, ele acenou, tudo bem eu pensei. Logo ele falou para mim: - “Che bella scena.”
- Belissíma! Respondi.
E ele continuou pintando e falou: - “Guardate questo fiume!”
Eu respondi: Eu não usava filme. Minha máquina era digital. E mostrei o meu celular moderno com câmera embutida.
Ele se espantou e perguntou: “Dov'è la tua macchina? Si tratta di un moblie.”
Eu ia explicar que não queria móbile nenhum mas, deixei prá lá. Resolvi sair dali mas ele gritou: “Sta fermo, io dipingere il tuo ritratto!”
Perái, estafermo não, xingar eu sei seu carcamano maledeto. E joguei-o com cavalete e tudo dentro do rio.
Depois desse incidente infeliz eu resolvi deixar a Itália e ir para a Espanha, com o portunhol vai ficar fácil – pensei. Ser vizinho de um argentino por tanto tempo deve servir para alguma coisa afinal. E também é só ter cuidado com certas palavras, lembrar que na rua não se faz “ligación”, que eles molestan um rato, que fica tudo tranquilo.
Ledo engano, a pronúncia argentina é totalmente diferente da espanhola. E eu fui para justamente em Pamplona no meio da festa se San Firmino. Eu estava atravessando a rua e vi uma multidão correndo e gritando: “No te quedes aquí! Salir de la calle ahora!”
Eu a princípio não entendi direito... cair onde, que calha? (na argentina se fala cadje) Mas, quando eu vi um touro enfurecido correndo pra cima de mim, percebi que tinha que sair de lá o mais rápido possível.
Deixei a Espanha prá trás também, é um lugar muito perigoso. Resolvi deixar a terra de meus bisavós para lá e ir até Portugal. Lá pelo menos eles falam o meu idioma.
Quase né! Tirando que lá rabo não é cauda, bicha não é travesti, panelereito não é utencílio de cozinha, rapariga ou puta não é prostituta e se você chamar alguém por você ele quase te bate (lá deve-se usar o tu para perguntas formais ou a desconhecidos) não existe lugar melhor que o Brasil, então cansado, sujo, dolorido e faminto voltei!
Saí do aeroporto no nordeste, eu precisava de férias depois dessa aventura. Aí eu precisava mesmo era comer alguma coisa e vi ao longe uma barraca com um cartaz escrito assim: “Cachorro quente 1 Real.” Pensei: “Deus abençoe o Brasil.”
Fui até lá e me lembrei de uma história que uma amiga russa me contou, ela precisou ir até Moscou para resolver um problema com seu visto de trabalho no Brasil, resolvido isso ela embarcou de volta, lá ela enfrentou um inverno de 50 graus NEGATIVOS, chegou no Rio de Janeiro onde fazia 40 graus, ele estava tão passada por causa do calor que quando achou um sorveteiro pediu logo dois sorvetes, o sorveteiro ficou olhando para ela com cara de quem não tinha entendido nada, quando ela ia protestar reparou que tinha feito o pedido em russo e caiu na gargalhada, repetiu o pedido em português e foi embora.
Mas agora eu ia fazer meu pedido em bom português: - Me dá um cachorro quente! E pensei, agora vou comer um belo pão com salsicha, molho de tomate e batata frita. Não é que me deram um pão com carne moída?
Ainda bem que eu não estava na Coréia do Norte, lá a carne é mesmo de cachorro.

nota – No nordeste cachorro quente de salsicha é Hot-dog.

glossário
Che bella scena – que cena bonita
Guardate – olhe
Fiume – rio
Macchina – pode ser carro
Mobile – telefone celular
Sta fermo – parado, imóvel
Dipingere il tuo ritratto – pintarei o seu retrato
Calle – rua
Ligación – transar (gíria)
Molestar – incomodar
Rato – instante
Rabo – fim
Bicha – fila
Paneleiro – travesti
Rapariga – moça, menina
Puta - pura
 

12 de julho de 2010

A Furia espanhola!

Vencemos!

 A família
 
O Comandante
 
O Mestre
 
O Herói...

...E a Festa

Obrigado aos campeões do mundo!

8 de julho de 2010

O POLVO ALEMÃO

Não é verdade que o molusco não erra uma! Para a tristeza do povo alemão o Polvo acertou de "nolvo" (desculpem eu não resisti).
Eta bicho sabido.
Agora o passe dele vai valorizar. Todo político do mundo vai querer o polvo adivinho para si.
 

Dom Quixote e os Moinhos de vento.

Me desculpem mas o trocadilho é inevitável, no dia 26/06 eu comentei os duelos históricos que aconteceriam na copa deste ano, eu realmente não tinha pensado neste, este que é provavelmente o mais famoso duelo da literatura mundial.
Parece que Cervantes já estava prevendo o futuro.
Parabéns à seleção da Espanha e também ao nosso algoz neste ano a seleção da Holanda. Fiquei triste pelo Brasil, mas estou feliz por ver a minha querida “Fúria” chegando à sua tão sonhada final. No futebol é assim mesmo, só vence quem ganha e só ganha quem joga.
Nessa final estarão as duas seleções que realmente lutaram e levaram à sério a competição, sem lógico tirar o mérito da Alemanha, do Uruguai e por que não de Gana que saiu da copa por inexperiência e não por arrogância.
Ontem e hoje os locutores estavam falando das dificuldades da seleção brasileira, meio que querendo arrumar uma desculpa pelo fracasso e diziam o nome das seleções que tinham vários jogadores com menos de vinte e cinco anos e o Brasil tinha só um. Pois eu faço a comparação agora às 17:22 hs desta quarta que: Melhores jogadores da FIFA, o Brasil tinha um (Kaká), a Argentina tinha um (Messi), Portugal tinha um (Cristiano Ronaldo) e as três saíram na mesma semana, quer dizer menos Portugal quer estava com pressa e foi embora antes.
Agora cabe ao técnico da Espanha o valoroso Vicente del Bosque dizer para seus filhos (já que estão falando na “família del Bosque”) a mesma coisa que o Sancho Pança disse para Dom Quixote: - Eles não são gigantes. São só moinhos de vento.
Fuerza fúria!!!

Nota: Parafraseando o saudoso Enéas: Mi nombre és VERGARA!
 

3 de julho de 2010

Histórias do futebol

O Almeida era uma pessoa simples da pequena cidade de Vilalegre, pequeno município do interior do estado de São Paulo.
O Almeida apesar da sua modéstia tinha um sonho, ser conhecido em sua cidade e região, ele daria qualquer coisa para sair na rua e ser reconhecido pelas pessoas, e ele contava com o futebol para realizar esse sonho.
Um sonho que seria até possível de se realizar se o Almeida não resolvesse ser juiz, juiz não "árbitro de futebol" como ele didaticamente frisava.
Pois é, esse era o Almeida. Ele até que era um bom árbitro, sempre imparcial e rígido quanto as regras do nobre esporte bretão. E a cidade de Vilalegre tinha um time que amargava há mais de vinte anos a sexta divisão do futebol paulista era o famoso "Leão do Noroeste". Diga-se famoso pelo fato de sempre quase conseguir subir de divisão e nunca fazê-lo realmente.
Mas nosso personagem tinha outro sonho além de ser famoso, o coração do Almeida batia mais forte quando ele encontrava na rua a Arminta, uma moça muito recatada, tímida e dona de uma beleza que era maior que qualquer tesouro que pudesse existir na face da terra.
O único impecílio para Almeida realizar esse outro sonho de namorar com sua paixão desde a mais tenra idade era o Valter Nei, noivo de Arminta e artilheiro e craque do Grêmio Vilalegrense FC, o já citado famoso "Leão do Noroeste".
Valter Nei que neste ano estava mais afiado ainda na pontaria, e seus gols estavam levando o "Leão do Noroeste" para a tão sonhada ascensão. O jogo que levaria esste fato à realidade seria realizado contra o Buritamense EC, time da vizinha cidade de Buritama.
E o árbitro escolhido para apitar o jogo era justamente o Almeida.
Na véspera do jogo a cidade ficou sabendo que seu herói local "Valter Nei" estava de contrato assinado com um grande time da capital, e logo que o campeonato acabasse ele se mudaria de Vilalegre levando consigo sua noiva que seria promovida para a categoria de esposa.
Esse fato deixou Almeida profundamente triste, ele perderia para sempre sua paixão. Mas ele deixou a tristeza para lá, por enquanto ele devia se concentrar na sua missão no dia seguinte.
A cidade amanheceu toda em festa, uma vez que um empate contra o Buritamense já daria a tão sonhada ascensão ao time da cidade. O jogo transcorreu sem problemas até os quarenta e três minutos do segundo tempo e o placar estava em zero a zero, resultado que classificava o "Leão do Noroeste". O Almeida estava mais rigoroso do que nunca.
Mas o destino quis dar sua ajuda, o atacante do Buritamense recebeu uma entrada violenta do zagueiro do Vilalegrense perto da área, mas o Almeida marcou a penalidade máxima. A torcida ficou calada, ainda mais quando o mesmo atacante marcou o gol. O resultado classificava o Buritamense.
Valter Nei pegou a bola e chamou para si a responsabilidade, o Almeida avisou que faltava um minuto e meio para ele encerrar a partida.
Valter Nei combinou com Pedro Caroço a jogada que fariam, essa jogada era mortal e muitos dos gols de Valter Nei surgiram dela. Era a única chance que eles tinham para empatar o jogo e novamente garantir a classificação.
O Almeita apitou, rolaram a bola para Pedro Caroço que enfiou a bola para Valter Nei que já estava quase de frente ao goleiro, ele deu um chute sem deixar a bola bater no chão, um verdadeiro foguete, a bola bateu no travessão depois bateu dentro do gol e saiu vindo parar no pé do zagueiro do Buritamense que tratou de mandá-la para fora do estádio.
Todo mundo viu que foi gol, o goleiro viu que foi gol, Valter Nei viu que foi gol, até o pipoqueiro que estava na arquibancada viu que foi gol, mas o Almeida não viu...
No momento em que Valter Nei chutou a bola, Almeida estava olhando para Arminta que estava assistindo o jogo. Almeida não estava vendo mais nada além de Arminta, e quando ele saiu de seu transe amoroso ele viu a bola indo em direção ao zagueiro e este a isolando.
Então Almeida apitou o fim do jogo e mais uma vez o "Leão do Noroeste" quase subiu de divisão.
Depois de mais esse fiasco, passado a ressaca a vida ia vagarosamente voltando ao normal. Valter Nei se casou com a Arminta e se mudou para a capital. O time de Vilalegre estava se preparando novamente para tentar subir de divisão e o Almeida finalmente realizou seu sonho de ser famoso e ser cumprimentado nas ruas. Não na sua querida Vilalegre de onde ele teve de se mudar depois de ser quase apedrejado pelos raivosos torcedores do "Leão do Noroeste", mas em Buritama onde ele se tornou o herói local. Diz-se nas rodas de fofocas das duas cidades que na verdade o Almeida viu que foi gol mas, quis se vingar do Valter Nei por ele ter-lhe roubado a Arminta.

                                   =-=-=-=-=-=-=

nota: Esta crônica é uma obra de ficção bem como seus personagens e cidades.

 

2 de julho de 2010

ANDA ARACI !!!

nota: Esse texto não é meu (como diz o Suassuna: eu sou um plageador desgraçado!) mas eu o lí há mais de trinta anos atrás, nos livros didáticos que meus tios usavam na escola.

Anda Araci

Um pesquisador dedicou sua vida para provar que as aranhas eram capazes de obedecer a comandos de voz como os cães adestrados. Ele tinha uma aranha de estimação e conseguiu adestrá-la a ponte ele dizer: - Anda Araci! E a aranha andava.
Depois disso ele começou a fazer outras experiências com a pobre da Araci.
Em uma delas ele queria testar a capacidade da aranha caminhar sem uma das pernas. Então ele decepou uma das oito pernas da Araci e falou: - Anda Araci! E a aranha andou.
Ele anotou em um caderninho: "Aranha com sete pernas anda."
Depois decepou outra e repetiu a ordem, ao obter o mesmo resultado ele tornou a anotar no caderninho: "Aranha com seis pernas anda."
E foi sucessivamente "podando" as pernas da aranha e anotando o resultado obtido.
A aranha já estava com uma perna só e o pesquisador repetiu a ordem: - Anda Araci! A aranha fez um tremendo esforço mas conseguiu andar, pouco mas andou.
Aí o pesquisador cortou a última perna do desafortunado aracnídeo.
Feito isso ele disse: - Anda Araci! Mas a aranha (lógico) não se mexeu. Ele repetiu a ordem várias vezes e nada. Então ele anotou em seu caderno:
"A aranha sem pernas fica surda."

Até mais.
 

1 de julho de 2010

O ACIDENTE

Uma mulher e um homem se chocam de frente em um cruzamento, a batida é tão forte, que os carros ficam completamente destroçados.
Mas inacreditavelmente nenhum eles sai ferido.
Depois de sair do carro a mulher diz:
- Ai meu Deus, veja nossos carros!
Não sobrou quase nada deles e nós milagrosamente não tivemos nenhum arranhão. Isso deve ser um sinal de Deus dizendo que nós devíamos nos conhecer, ser amigos, e fazer amor como loucos para o resto de nossas vidas. E o homem vendo a beleza da mulher responde:
- Oh, sim estou de pleno acorde com você, isto foi um sinal de Deus!
E a mulher continua:
- Veja outro milagre, meu carro está completamente destruído, mas esta garrafa de vinho não se quebrou, de certo que Deus quer que nós celebremos nossa sorte bebendo ela.
A mulher dá a garrafa ao homem, ele pega, abre, bebe até a metade e a devolve a ela.
Ela pega a garrafa e imediatamente coloca a rolha e a devolve ao homem.
O homem estranha e pergunta:
- Você não vai beber?
A mulher responde:
-"Não, eu acho melhor esperar a polícia chegar para fazer o teste do bafômetro."
Moral:
AS MULHERES SÃO E SEMPRE SERÃO MAIS ESPERTAS QUE BONITAS!!!
OS HOMENS SÃO E SEMPRE SERÃO, MAIS TARADOS QUE INTELIGENTES!!!

26 de junho de 2010

Entre Vuvuzelas e Jabulanis

Eu estou a um bom tempo ensaiando para escrever alguma coisa sobre a copa da África, tenho assistido aos jogos, ouvido os comentaristas etc.
Agora começa a fase mais emocionante da competição, não que os jogos estão deixando a desejar no fator emoção, longe disso a tal da Jabulani tem dado o que falar.
No outro dia eu assisti a um programa esportivo em que entrevistaram um físico para comentar as “peripécias” da bola da copa. Ele explicou Jabulani entra em crise antes das bolas comuns pelo fato de não ter os sulcos das costuras, por isso muda de direção muito antes das outras. E falando em crise a França e a Itália entraram em crise mesmo ante a atuação pífia que apresentaram. Mas a verdade é goleiros tem frangado feio (veja o caso do Green e do Casillas) e culpam a bola. Falar que a bola da África é ruim é meio que redundante já que na África as crianças fazem bolas com camisinhas e sacos plásticos.
Outro ponto para a reclamação é sobre o som de enxame que os torcedores africanos fazem com a tal da Vuvuzela, mas agora até que está diminuindo já que só Gana continuará na competição. Mas eu vi até suíço soprando Vuvuzela.
Voltando ao assunto emoção, agora quem tiver coração forte vai aguentar, na verdade duro de aguentar foi o jogo de compadre que certas seleções fizeram (Portugal e Brasil) ainda bem que outras fizeram valer a pena ficar colado na frente da televisão escutando os locutores falando besteira. Eles falam o tempo todo “não existe mais time bobo...” é claro que não o futebol agora está globalizado, quer dizer... lá na Coréia do Norte não, o time deles é, digamos inexperiente, mas fizeram um gol na toda poderosa penta campeã se bem que depois levaram sete de Portugal.
No resto os times estão homogêneos e jogando uma coisa bem parecida com o futebol.
Então agora vai começar os duelos prá valer, no fim só vais restar um, e como aqueles embates da idade média, só que nestes se der empate vai pros pênaltis, e o adversário não sai muito machucado.
Velhos adversários irão relembrar velhas disputas como a Alemanha e a Inglaterra que relembrarão 1966 quando a Inglaterra ganhou seu único campeonato com um gol que não foi gol. Se quiser saber mais faça o que o Veríssimo diz “procura no Google!”.
Também teremos Espanha e Portugal lembrando velhas rusgas do passado por causa de territórios, quando Portugal passou a fazer parte literalmente do reino da Espanha. Quando Camões no leito de morte disse: “Morro não só pela pátria, mas com a pátria.”
E ainda se a Zebra não galopar (mais) pelos campos africanos teremos o embate Holanda e Brasil outro histórico, é só lembrar-se de Nassau e Calabar.
Na verdade eu não to levando muita fé na seleção canarinho, o time não ta empolgando, mas também não sou como os mexicanos que não tem fé nenhuma no esquadrão deles, eu me lembro de uma reportagem que fizeram e uma mexicana mostrou um daqueles cachecóis tão comuns nos campos europeus com o nome dos times e palavras de incentivo, e nele estava escrito “Perdemos, como siempre!”
Mas os mexicanos têm agora a missão importantíssima de livrar o resto do mundo de ver o Maradona pelado. E é claro que 190 milhões de brasileiros vão torcer por eles.
Por isso eu vou engrossar o coro domingo à tarde gritando “Hasta La vitória México!”
Boa copa a todos.
Valeu.