1 de novembro de 2009

Minha história

Outro dia visitando o “Nosso Blog”, eu li o texto da Ivoninha (amiga da Daidy) intitulado “A velha casa da rua General” e ao ler o texto me vi transportado para a década de 70, quando, eu ainda moleque de calças curtas, andava perambulando por aqueles lados.
Me lembrei que eu costumava dividir a cidade em duas partes tendo os trilhos da Fepasa (hoje Ferroban) sendo o limite entre as duas.
Assim, dos trilhos para cima ficava o bairro da Vila Prado, e para baixo, a velha rua General Osório e o centro da cidade.
Sendo assim vou aproveitar essa máquina do tempo que a querida Ivone me deu e voltar mais uma vez ao passado. Apertem os cintos e prendam a respiração pois, vamos voltar aos “Anos de Chumbo”!
No ano de 1968 o Brasil vivia o período mais negro de sua recente história, a ditadura militar, o General Arthur da Costa e Silva estava no governo de nosso país e fora decredo o AI nº5, e em outubro tomaria posse o General Emílio Garrastazu Médici ou Presidente Médici (como ele gostava de ser chamado), mas na pacata São Carlos com seus 111 anos de fundação a vida andava tranquila, o bairro onde eu nasceria a Boa Vista ainda estava começando, as ruas eram de terra batida e havia poucas casas. O bairro estava se formando à volta da fábrica de geladeiras dos Pereira Lopes. A rua em que minha família morava começava justamente no muro dos fundos da fábrica e terminava no muro dos fundos do Estádio do Luisão.
Minha família.
Meu avô paterno Sr.José era filho de imigrantes espanhóis vindos da região de Málaga e os pais da minha avó paterna D. Benedicta Ana eram imigrantes da região norte da Itália. Meu avô e minha avó se conheceram na construção da Igreja de Santo Antônio e se casaram depois nessa mesma igreja. Meu avô adotou para seus 9 filhos o sobrenome de sua mãe doña Izidra Vergara.
Minha avó materna D. Gina, era filha de imigrantes da região da Calábria (sul da Itália) e meu avô materno o Sr. Geraldo era... vamos dizer... brasileiro, já que ele viera de Minas Gerais e era caboclo (mestiço de branco com índio). Meu avô se desquitou de minha avó mas, deixou o sobrenome da Silva para seus 4 filhos. Minha avó se casou de novo e teve mais uma filha.
E desta minestra (como diria as minhas nonas) foi que surgiram meu pai Valcir e minha mãe Carmen e, por conseguinte eu e meus 5 irmãos.
Quando cheguei.
Nasci em julho de 1969 uma semana antes de Neil Armstrong pisar na lua. Fui o primeiro filho e o primeiro neto já que meus pais também eram primogênitos.
Quando meus pais se casaram em outubro de 1968 (por onde comecei nossa viagem) eles foram morar nos fundos da casa de meus avós paternos na rua Francisco de Oliveira Penteado, já que meu pai trabalhava na fábrica dos Pereira Lopes. No começo a casa era um cômodo de 4 metros por 4 metros e conforme a família ia crescendo (na medida de um filho por ano) a casa ia sendo aumentada.
Bem vamos parando por aqui (por enquanto) uma vez que decidi fazer dessa crônica um registro das minhas memórias, eu vou fazer direito, isto é, por capítulos mais ou menos ordenados pra não ficar tudo muito bagunçado.
Então até a próxima postagem.

2 comentários:

Daidy Peterlevitz disse...

Claro, caro mio, que amo você!!!
E, de longa data, sabia qu seria, muito capaz, em escrever!!
Agora, saiu do "casulo" e mostra do que é capaz!
Muito honrada e feliz em ser sua amiga!
Daidy.

Ivoninha disse...

Oi Agnaldo! Muito, muito obrigada por sua amável referência à minha pessoa... Meus bisavós paternos eram de Málaga... Que saudades do transporte ferroviário, de um sorvete delicioso que tomávamos em um sorveteria subindo a General... Grande abraço. Ivone