18 de janeiro de 2010

Historieta de fantasma.

Antes da dita um desabafo: eu não sei por qual cargas d'água os brasileiros vivem tentando imitar os estrangeiros, em português (Amo-te, ó rude e doloroso idioma...)* existe a diferença entre história e estória só para ficar igual ao inglês (history e story) e eu praticamente abomino essa tal de "estória" e não uso mesmo mas, no título desta postagem eu estava meio relutante em expressar minha rebeldia mas, o Aurélião (Deus o tenha) me salvou. E o título está certo.
* Frase do poema Última Flor do Lácio de Olávo Bilac
 

Nesses últimos meses eu venho seguindo o Blog de um jovem de 20 anos autodidata, muito culto e excelente escritor, Blog esse que eu recomendo à vocês o link está aí do lado e o nome do Blog é Estou numa ilha deserta e esse jovem vem me inspirando e ajudando no processo de escrever.
Mas essa história não é minha, eu a li a vários anos atrás. vamos logo para a história de fantasma antes que você desista de lê-la.

Numa cidadezinha no interior do nordeste vivia uma senhora já em avançada idade, ela vivia em uma casinha sozinha com seu cachorro, um canzarão vira lata que fazia as vezes de companhia e guardião.
Mas um dia, sua viagem terminou e a pobre senhora entregou seu corpo à terra e sua alma a Deus. Como ela não tinha mais parentes vivos os vizinhos organizaram o velório típico da região, as mulheres lavaram e vestiram o miúdo corpo e o puseram em cima do catre que horas atrás servira de leito à velha.
Os homens cavaram a sepultura no pequeno cemitério e foram arrumar uma rede e um tronco de árvore fino e comprido que serviriam para o féretro no dia seguinte.
O velório transcorria normalmente durante a tarde e começo da noite. Mas, lá pelas tantas alguém jurou que viu a velha se mexer.
Um burburinho se espalhou pelo pequeno cômodo: - Mas como se mexeu, ela já está morta desde ontem.
- Mas eu vi... Eu vi e não quero ver de novo.
- Você deve estar é bêbado.
Discussão à parte todos ficaram prestando atenção ao defunto. Alguns minutos se passaram e nada acontecia. Mas de repente o corpo da velha se chacoalha em cima do catre...
Não ficou um dentro do cômodo, teve gente pulando a janela, atropelando tudo e todos que estavam á sua frente, se perguntar não saberão nem responder como passaram pela cerca de embiras e os espinhos dos muitos cáctos que existiam lá.
Enquanto todos fugiam apressados, embaixo da cama, o cachorro se coçava tentando aliviar as mordidas das pulgas.

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